Alerta

Mortandade de abelhas aumenta em 400% no Estado em outubro

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Arquivo/Diário)

Em outubro, pelo menos 30 municípios gaúchos registraram mortes de colmeias de abelhas inteiras. Nas amostras analisadas, houve registro de grande concentração de veneno. De acordo com a Câmara Técnica de Apicultura da Secretaria de Agricultura do Estado, houve um aumento de 400% na mortandade e pelo menos R$ 4 milhões em perdas para o setor. Na CDN, o programa Análise debateu a alta da mortandade de abelhas na região. 

Apicultor há mais de 40 anos, Aldo Machado dos Santos, que está à frente da comissão da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), afirma que os dados podem ser ainda maiores, pois existe subnotificação por parte dos apicultores:

- Nós, que estamos em contato dia a dia com os apicultores, sabemos que esse dado é muito maior do que está sendo divulgado. O que está acontecendo é que os apicultores estão denunciando e a Secretaria de Agricultura não está fornecendo a análise. Os apicultores que não usam agroquímicos estão sendo vítimas, estão perdendo toda a fonte de renda e não tendo como recorrer a nada.

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Ainda segundo Aldo, a presença de veneno não altera a qualidade do mel, mas sim a produção e posteriormente a vida das abelhas, pois elas detectam que a presença de contaminação e deixam de polinizar naquele local. Uma vez contaminada por veneno, a abelha que retorna ao enxame pode contaminar as demais, acarretando na morte de toda a colmeia.

Também em entrevista à CDN, o professor Jerônimo Tybusch, doutor em Ciências Humanas e professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), afirma que o apicultor é a "ponta mais fraca" deste ciclo e vê a luta pela questão ambiental como uma luta eterna. 

- A gente pode resolver em um determinado período, mas o problema volta, por isso precisamos estar mobilizados e atentos. Isso é uma violação à legislação, porque se desrespeita as recomendações técnicas sobre a aplicação e o limite da quantidade utilizada de veneno nas aplicações específicas. Os apicultores devem buscar ação pública para resgatar os danos causados. É necessário apenas mobilização para que isso aconteça - avalia Tybusch. 


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